artigos

CONFIANÇA: UM PARÂMETRO IGNORADO NO MAPEAMENTO DE RISCOS DAS EMPRESAS

CONFIANÇA: UM PARÂMETRO IGNORADO NO MAPEAMENTO DE RISCOS DAS EMPRESAS

Dentro do contexto de governança corporativa, é de extrema importância definirmos os riscos a serem gerenciados, priorizando os de maior impacto na organização. No entanto, comumente identificamos a ausência do fator confiança como parte deste diagnóstico, o que desencadeia em diversos problemas para o negócio.

É sabido que a confiança representa um mecanismo essencial, sem o qual não poderíamos agir, tampouco interagir. Trata-se de um ativo importante para a organização pois produz valores e gera consistência entre ambos interesses: individuais e coletivo.

Quando falamos da saúde mental e física dos colaboradores em seus ambientes de trabalho, sabemos da existência de riscos psicossociais como o burnout, um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes.

Este é apenas um exemplo de riscos que podem trazer consequências graves nos indivíduos, bem como: depressão e diversas outras doenças psicossomáticas. Fator esse que também ocorre dentro da esfera empresarial, ocasionando ausências, demissões, rotatividade ou acidentes de trabalho.

Sabendo disso, é necessário pontuar a importância em fortalecer as relações dentro do ambiente organizacional. Trabalhar em clima de confiança melhora significativamente o relacionamento com supervisores e colegas, e, fortalecendo estas relações, criamos uma realidade onde conseguimos reduzir consideravelmente tais riscos iminentes.

A confiança é um problema invisível com consequências reais para a organização. Como enfrentamos esse desafio?

Assim como o ar que se respira, a confiança é um elemento intangível que só se percebe essencial quando se faz ausente. Exatamente por esse motivo, ela representa um problema tão real e delicado para as organizações.

Para enfrentar tal desafio, é necessário levantar questionamentos importantes como: Será que devemos esperar os sinais de falta de confiança em nossa equipe ou gestores para só então agir? Quais os principais sinais de alerta de perda de confiança dos seus colaboradores? Quais medidas preventivas devem ser adotadas para evitar o risco de uma crise de confiança? Como incluí-la no mapa de risco para fazer as perguntas certas? Confiança seria uma competência essencial?

A confiança precisa ser instalada em suas diferentes formas:

O gráfico contém três níveis de confiança, suas relações são interdependentes:

Autoconfiança; Capacidade de acreditar em si mesmo, decidir e depois agir com segurança e determinação. É um sentido de convicção da capacidade em ter sucesso independente de situações externas.

Confiança dada: Capacidade de acreditar na possibilidade dos outros alcançarem os resultados desejados. Ela está ligada às características do relacionamento  e não se limita às habilidades técnicas.

Confiança recebida: Capacidade de receber a confiança de outras pessoas, para alcançar os resultados desejados. Ela está ligada às características do relacionamento  e não se limita a capacidade técnica.

Ciclo Virtuoso: Tendo autoconfiança alta consigo confiar no outro. Oferecendo confiança ao outro, passo a receber mais confiança, retroalimentando positivamente a minha própria autoconfiança.

Ciclo Vicioso: Tendo baixa autoconfiança, tenho dificuldade em confiar no outro. Demonstrando desconfiança no outro, não recebo mais confiança dele, retroalimentando negativamente a minha própria autoconfiança.

Para avaliar a confiança, consideramos:
  • 3 níveis: autoconfiança, confiança dada e confiança recebida.
  • 3 eixos: consciência, conexão e interação.
  • 9 dimensões e suas dicotomias confiança x desconfiança:
    • Fé x ceticismo;
    • Autenticidade ou dissimulação;
    • Perdão ou rancor;
    • Empatia x indiferença;
    • Foco x dispersão;
    • Responsabilização x vitimização;
    • Coerência ou incoerência;
    • Cooperação x individualismo;
    • Aprendizagem x imobilismo.

 

Em 4 ambientes: organização e trabalho, hierarquia, equipe, clientes e parceiros.

 Como mensurar  a confiança?

  • Aplicação: Por meio da aplicação da ferramenta Assessment Startrust, que mede os comportamentos que promovem a confiança, sejam eles conscientes ou inconscientes. Esta ferramenta é didática e prática  e tem o objetivo de colocar em perspectiva sua percepção da confiança.
  • Diagnóstico: Com base nos resultados, será possível identificar e reforçar comportamentos positivos e sinalizar comportamentos que possam gerar desconfiança.
  • Feedback: Devolutiva  individual ou coletiva, apresentando quais os riscos e oportunidades em três dimensões: Autoconfiança, Confiança dada e Confiança  recebida.
  • Plano de ação: Com base na leitura dos resultados, será possível traçar o Plano de Desenvolvimento individual,  para profissionais, equipe e   organização.
CONCLUSÃO
  1.  Não há mudança sem consciência, é preciso compreender o que acontece;
  2. Melhorar na qualidade dos relacionamentos potencializa os resultados;
  3. É de extrema importância identificar os comportamentos que promovem confiança e aqueles que geram desconfiança;
  4. Relações de confiança reduzem os riscos psicossociais, como estresse, burnout e boreout;
  5. Devemos trabalhar a Comunicação e o Feedback, positivo e construtivo.
  6. Monitorar sempre: Confiança não tem diploma.

 

Ass.: Time IET paixão por resultados ♥
#Cargos #RegulamentoInterno #Análise #validação #institutoEdnaTizeu #EdnaTizeu #Consultoria #Maceió #Vendas #Paixão #Time #PlanejamentoEstrategico #vaga #emprego #hotel #trabalho #projeto #foco #pessoas #viverdevendas #hotelaria #iet #visão #gestão #valores #treinamentos #resultados #currículo #ProcessoSeletivo #destaque

Edna Tizeu

Pedagoga, Sócia-Diretora do Instituto Edna Tizeu – IET. Pós graduada em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento de RH. Especialista em Dinâmica de Grupo. Atua há mais de 30 anos na capacitação e desenvolvimento humano de liderança e Fortalecimento de Equipes. É consultora e Coach (Master Coach) na área organizacional. Leader CoachTraining, IBC. Foi Presidente da ABRH-AL -Associação Brasileira de Recursos Humanos de Alagoas por 6 anos. Atuou como parceira de negócios da Leme Consultoria em Alagoas, Empresa do Grupo AncoraRh, com atuação em empresas públicas e privadas nas áreas de Educação Corporativa, Gestão de Pessoas (com fogo em gestão por competências) e Estratégia Empresarial.